Superando a tristeza - a relação entre tristeza e o chacra cardíaco

28/12/2019

Você já reparou que quando algo te magoa, ou vem uma tristeza profunda por algum motivo, sente-se um aperto no centro do peito? Sentimentos ligados a tristeza, mágoa, términos de relacionamentos estão ligado ao chacra cardíaco, ou chacra do coração, uma bombinha de energia que alimenta a função da consciência que sentimos como amor e como completude consigo mesmo. Quando nos sentimos tristes essa área se reprime, ou seja, se fecha, e esse sentir "um aperto no peito" está ligado a glândula timo, também conhecida como glândula da felicidade, ligada ao chacra cardíaco. Essa glândula literalmente fica exprimida quando nos sentimos tristes e expande quando nos sentimos felizes. Quando essa área se reprime temos uma grande perda que é, a parada do fluxo de amor para conosco mesmo, deixamos de receber amor da nossa Alma e colocamos nossa felicidade de que forma que ela dependa do que o outro sente por nós ou pelo que acontece externamente. 

A abertura do chacra cardíaco exige que aprendamos a lidar com uma lição talvez desafiante para a humanidade ainda que é ter o centro da sua identidade e sentido centrado em si mesmo, ou seja, superar a tendência de colocar o sentido da vida nos relacionamentos, no ego e nos acontecimentos externos. Enquanto não nos baseamos no fluxo de amor que vem de dentro de nós para sentirmos que temos valor, estamos depositando nossa felicidade nas mãos dos outros, como comumente falamos.

Fortalecendo o chacra cardíaco e se habituando a "dar amor a si mesmo", a necessidade de buscar felicidade no que o outro sente de nós naturalmente vai diminuindo

Não há uma fórmula mágica para isso, o que pretendemos aqui é uma sugestão de como enxergar isso pela visão energética e uma sugestão de algumas medidas que podem ajudar.

Elaboramos uma sugestão de passo a passo para você  ( por essa forma de comunicar aparentar ser objetiva para muitas pessoas)


O primeiro passo dessa cura pode ser reconhecer que há essa tendência, que isso simplesmente acontece e se repete. 

No segundo passo você pode perceber que há um padrão automático acontecendo, aceitar que acontece assim, aceitar com amor que isso é natural, sem culpa e se entusiasmar pela aventura de embarcar nessa cura do coração, sentir-se pronto para enfrentar esse desafio.

Terceiro - o padrão é tanto mental quando energético. Essa função de auto-amor provavelmente não está ocorrendo bem como poderia, portanto, há um trauma energético na área do coração. Neste sentido o Kundalini yoga trás muitas práticas e meditações para o fluxo dessa área. Comece uma prática dessa e repita por 40 dias, que é o tempo de mudança de um hábito.

Quarto - pare para observar e sentir essa área de você - isso vai depender do quanto tem a habilidade de permanecer em silencio e o quanto seus sentidos são sensíveis a este mundo interno, ultrapassando a tendência de evitar a dor, que é bem comum, e nos distrair voltando a atenção para o externo novamente. A meditação constante vai pouco a pouco treinando a sensibilidade para que você mesmo possa trazer à consciência os traumas e dores ligados ao chacra do coração, optando por soltar e voltar a manter o fluxo constante de amor fluindo. 

Quinto - Se relacione com sua Alma - se você tem costume e conexão em fazer orações, faça uma oração para o seu Ser, para a consciência livre dentro de você para que ela lhe guie nessa cura. Vou deixar uma opção de oração aqui, mas lembre-se que você precisa se conectar com esse desejo e senti-lo e também pode fazer sua própria oração;

"Querida Alma, tenho percebido que há dores em meu coração, tenho sentido medo de mantê-lo aberto, me sinto magoado e triste algumas vezes sem sentir o seu amor. Minha querida Alma por favor me guie me ajudando a me conectar com essa dor com coragem, afim de ao senti-la, poder curá-la, me reconectando com essas partes de mim mesmo que ficaram separadas e com medo, minha Alma me ajude a me sentir completo de novo, completamente amado e respeitado por mim mesmo, que seu amor seja pleno em mim. Que em cada palavra e ação esse amor seja sentido. Que em meu coração eu possa sentir minha Alma como minha identidade verdadeira e esse sentir naturalmente irá curar os enganos. Fluo com fé e confiança que você vai me guiar naturalmente, de forma inesperada e confio no caminho que a vida sempre me oferece para minha cura. Que assim seja, minha Alma é a minha verdadeira identidade. "

Sexto - estude sobre este chacra - compreendendo as características naturais que decorrem da falta de fluxo de energia neste chacra, você percebe que a tristeza e mágoa sentida são em parte consequência da falta de energia circulando nessa área. Trazer clareza sobre si mesmo e sobre como funciona a natureza humana pode ajudar a tirar o peso da culpa, trazer compreensão e possibilidade de agir!

Quando essa área está forte:

- não leva para o pessoal. Mesmo que haja um problema, não parece que é contra você, não parece que é pessoal. Vê os problema mas continua fluindo amor, leveza, ao lidar com qualquer coisas.

- sente-se comprometido com as coisas que faz com amor.

- relacionamentos são leves, naturais.

- fica claro o que é realmente importante.

- amor natural, sem interesses.

Quando esta área está fraca:

- mágoa fácil, muita fragilidade com relação ao que as pessoas fazem para você. Pode parecer que a ação da pessoa é um grande ataque contra você, mas o que há é uma grande fragilidade na área do coração. Pequenas coisas podem parecer gigantes!

- tristeza e ressentimento podem ficar guardados durante anos sem se curar e perdoar.

- sensação de peso no peito.

- relacionamentos se tornam forma de preenchimento.

- embotamento das emoções.

- indiferença, frieza.

- dúvida sobre o que é importante.

O Kundalini yoga trás uma forma efetiva de agir que é aumentando o fluxo de energia por este chacra. Uma possibilidade é encontrar uma prática para o centro do coração e agir diretamente nessa área. 

Sétimo - ame a si mesmo - há uma pessoa especial que pode receber nosso amor que é nós mesmos. Esse "amar a mim mesmo" é muitas vezes confundido com querer mostrar aos outros que se ama a si mesmo, essa ainda é uma tendência de buscar fora. Lembre que amar a si mesmo é algo só com você, é silencioso, é um ato de deixar o amor fluir para você mesmo, se perdoando, se abraçando em seu próprio oceano de compreensão. O amor é um fertilizante natural para o Ser, onde há amor há crescimento natural! Nesse amor toda forma de Ser é compreendida e respeitada e ao mesmo tempo, esse auto-respeito nos mantém crescendo e amadurecendo.



Texto escrito pela professora de Kundalini Yoga e Yogaterapeuta


Prab Saache Kaur 


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